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A
prece é um elemento universal da espiritualidade humana, encontrada em todas as tradições religiosas.
Cada uma delas segue seus próprios rituais, mas
o objetivo é o mesmo: comunicar-se com a divindade, em uma atitude de devoção e máximo respeito.
"Antes mesmo de existirem sistemas de crença constituídos, o ser humano proferia palavras de apelo ao Criador, sempre com o sentido mágico de obter paz interior e alívio para o sofrimento", segundo a antropóloga
Liana Maria Sálvia Trindade, da Universidade de São Paulo (USP), especializada no estudo das religiões.
Conforme a doutrina, o rito pode incluir ainda adereços especiais. No
Judaísmo, por exemplo, é obrigatório o uso do solidéu.
"O homem tem que ser
humilde diante de Deus, jamais pode mostrar a cabeça dentro da sinagoga ou quando reza", segundo o rabino
Yekuda Busquila, da Congregação Israelita de São Paulo.
Os
muçulmanos, por sua vez, pedem graças ao Criador depois de rezar, ato que, entre eles, obedece a uma série de regras. O fiel tem que orar sempre voltado para a
Meca, cidade da Arábia Saudita onde está seu principal santuário. Além disso, só é permitido rezar em locais limpos, daí a utilização de um pequeno tapete.
"Ele pode ser carregado para qualquer parte e é uma garantia de que se está rezando sobre um local puro, já que o dono do tapete sabe que ele está limpo", explica o xeique
Ali Abdune, presidente da Assembléia Mundial da Juventude Islâmica.
Já no
Catolicismo, o ritual pode ser feito tanto em particular quanto na igreja, durante a missa.
Ao final da prece, é obrigatório fazer o sinal da cruz. "
Jesus Cristo ensinou assim e por isso devemos seguir esse preceito", afirma o padre
Eduardo Coelho, da Arquidiocese de São Paulo.
No
Budismo, a oração busca não só aproximar o homem de uma realidade superior, como ajudar o praticante a desenvolver qualidades típicas do
Buda como a calma, a alegria e o amor.
"É uma forma de trazer bênçãos protetoras para o dia-a-dia, apesar de nem todas as vertentes do Budismo adotarem a prece", diz
Peter Harvey, professor de Estudos Budistas da Universidade de Sunderland, na Inglaterra.
O
Hinduísmo, também não prevê uma forma única de orar.
Para eles, a prece é importante, mas
não obrigatória.
"Nessa conversa mental com a divindade, o hindu fecha os olhos para que todos os seus sentidos fiquem voltados para seu mundo interior. Assim, ele pode ascender a patamares mentais superiores", afirma
Swami Nirmalatmananda, presidente do templo Hama Krishna Vedanta, em São Paulo.
E sabemos que independentemente da religião de cada um, o importante é manter o centro em equilíbrio, não importa qual sua religião, o mais importante de tudo é que caminhamos para o mesmo lugar, e certamente oramos para o mesmo espaço e fim.
Texto a partir da revista Mundo Estranho (Editora Abril) - com acréscimos pessoaisAté o próximo post. Um abraço, sempre sincero; BELcrei2010